sábado, 3 de agosto de 2013

De quem é a culpa afinal?

Quando nos deparamos com um problema, seja ele grande ou pequeno, é da natureza das pessoas (não de todas é claro), procurar culpar alguém ou outra causa. Lógica, haverá momentos em que terão outra causa.

Quando acordamos atrasados e chegamos ao trabalho fora do horário, colocamos a culpa em inúmeros fatores como o transito, o onibus que não passou no horário, das calçadas repletas de pessoas lentas, do elevador que ficou parado no andar tal e não descia etc.

Da mesma forma, nós que vivemos em sociedade sempre culparemos o Governo, seja ele o local (municipal), de nosso Estado ou Nação. Se a padaria da esquina tem moscas, cães e gatos pelos cantos, culpamos a Prefeitura que não fiscaliza; se falta Água e Luz, culpamos o Governo do Estado que não exige fornecimento ininterrupto; se os salários estão cada vez mais baixos e os alimentos mais caros, culpamos o Governo Federal.


Nenhuma nação do mundo, por mais evoluída que seja, há fornecimento de energia o tempo todo. Ocorrem acidentes naturais e acidentes causados por negligencia de terceiros (carros que derrubam redes de energia ou arvores que caem sobre os fios por exemplo).

A prefeitura também não pode estar o tempo todo dentro de bares, padarias, restaurantes, farmácias observando a higiene local. Por isso cabem denuncias, fotografar, registrar de alguma forma ou melhor ainda: DEIXAR DE COMPRAR NESTES LOCAIS.

Outro serio problema é quem elegemos para nos representar. Atualmente, basta um potente carro de som, uma musiquinha bem bolada, um bonito sorriso, terno e gravata "a la pastor" e pronto. Também não devemos votar na amizade por tal cidadão. ELE PRECISA TER COMPETÊNCIA.

Esta semana  vi a alegria das pessoas com a noticia de que irão instalar câmeras de vigilância em um bairro da periferia de Viamão que há muito tempo estava jogado à própria sorte. É comum em toda parte do mundo, não só no Brasil, existirem locais pouco rentáveis financeiramente do ponto de vista imobiliário e por isso, são densamente povoados. Estes bairros ou vilas das periferias recebem poucas ou quase nenhuma linha de onibus, não recebem atendimento de qualidade dos seus governantes, grandes lojas e empresas evitam se instalar e por ai vai.

Assim, a Vila Augusta ou as três vilas que formam a chamada "Grande Augusta", sempre foi esquecida pelos governos passados. Ou melhor, só era lembrada em tempos de eleições pelo seu numero elevado de eleitores, na grande maioria humildes e que se deixavam cair na conversa deles. Mas agora o cidadão esta mais informado, existem as Redes Sociais que obrigam as TVs a mostrarem o que não mostravam antes. E eles agora sabem que tem sim seus direitos, da mesma forma que o cidadão do Centro de Viamão, da Viamópolis ou da Santa Isabel.

Cabe a Administração deste município fazer sua parte sim, mas é de extrema importância os pais serem responsáveis pelos filhos que trazem ao mundo mas que, literalmente, muitos jogam nas ruas assim que começam a andar.


Só iremos começar a mudar realmente as coisas quando a BOA E ENERGICA EDUCAÇÃO vier de dentro dos lares, das famílias (que a cada dia desmoronam ou perdem sua real importância). Se não houver um profundo e interessado diálogo entre seus filhos e filhas e não conversinhas superficiais tipo "novela das oito", o caos, a violência e a miséria só tenderão a aumentar. 

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