segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Projeto Novo Viamão começa a dar os primeiros passos

Na ultima sexta-feira, Kadú Schwartzhaupt esteve na redação do Viamão Hoje para duas coisas. Primeiro para agradecer o apoio em sua campanha para vereador em Viamão que apesar de ter dito bons votos, não foi eleito. O outro motivo foi para discutir sobre nossa proposta de se criar uma espécie de rede de “observadores locais” para pesquisar problemas, identificar suas causas e desenvolver idéias para soluções dos mesmos, entre outras tarefas.

A idéia é de ter em cada bairro pelo menos uma pessoa que representasse o mesmo. Na falta de uma indicação poderá ser um voluntário. Podem ser lideres comunitários, estudantes e também pessoas comuns, sem formação alguma pois, boas idéias não partem necessariamente da cabeça de pessoas letradas ou diplomadas. Tanto é verdade que os maiores gênios da humanidade quando surgiram não tinham canudo algum.

O sistema básico funcionaria da seguinte maneira: As pessoas que vivem nas vilas informariam os vereadores eleitos numa primeira instancia para apontar problemas e tentar soluções. Temos 14 vereadores que muitas vezes não tem como saber o que ocorrem numa vila, devido as proporções do município.

Tudo seria registrado por escrito e levado a um sistema eletrônico na web, com divulgação do Portal Viamão Hoje, já é o líder na web em Viamão em visitações. Claro que seria criado um novo site para este projeto. O próprio Kadu também sabe lidar esplendidamente com ASP, PHP, Banco de Dados etc, o que não teria custos para o sistema. Assim, “Todos” os problemas viriam a publico e poderia-se ver o andamento dos processos, bem diferente da administração relativamente velada que ocorre hoje, não apenas em Viamão, mas no Brasil inteiro. Também será implementada a filosofia de mostrar interesse pelo cidadão antes de ser eleito. Muitas vezes um vereador é eleito apenas pela sua campanha, sendo que nunca mais visita sua vila ou faz alguma coisa pelo povo.

Também é previsto, caso exista interesse destes observadores e dependendo das condições financeiras, a criação de mídias paralelas, como programas nas rádios locais e também a criação de pequenos jornais mensais ou quinzenais, com o conteúdo do site, mostrando o que outras “células” da comunidade estão pedindo e o que esta sendo realmente feito. Kadu parece que será o primeiro nesta área e estuda esta possibilidade de ter um informativo impresso na Martinica (Vila Florescente).

Também veio a tona outros fatos como por exemplo a maneira como o viamonense vê seu município e como ele acredita que outras pessoas de fora nos vêem. É notório um certo ar pejorativo quando se refere a palavra “Vila” principalmente em nosso município. Todos gostaria que seus locais fossem chamados de “Bairro”, ao invés de “Vila”. Até nos veio a cabeça a idéia de trocar de nome, e ao invés de chamar de ‘Vila”, começarmos a chamar de ”Condado”. Claro que não temos mais Condes mas a palavra também se refere a uma divisão político-administrativa. E com certeza soaria mais interessante para um cidadão dizer “Eu moro no Condado de Santa Cecília” ou “Condado de Augusta” e chamaria a atenção de fora também.

Brincadeiras a parte, a verdade é que já há outras pessoas da comunidade interessadas como Valério Cordeiro (Querência), Itamar Santos, Roberto Kellermann (São Tomé), Maria Docarmo, Sonia Ciarlo, Maria Crolina Grégis (Cecília), Celso Broda entre outras. Não tem como negar que é um sistema político mas que pela primeira vez vai fazer as pessoas trabalharem pelo município, de boa vontade, sem remuneração alguma (ao contrario dos vereadores eleitos que ganham muito bem para isso). Isso será bom caso queiram se candidatar a algum cargo político mais tarde, pois teremos um histórico de suas ações e não apenas pessoas balançando bandeira ou prometendo coisas que não irão fazer.

Claro que tudo dependerá de um estudo profundo mas o mapeamento das regiões já esta sendo feito. Mas o mais importante e termos pessoas com idéias e cabeças abertas a mudanças, de qualquer credo, nível social, cultural ou politico. Da maneira que está não dá para continuar.

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