Ontem, botei as mãos na lista publicada pelo Diário de Viamão com os nomes dos candidatos a vereador de todos os partidos e coligações. Uma coisa que me impressionou foi a quantidade de candidatos, e a profusão de nomes sem muitas perspectivas de eleição. Quando digo isso, falo tanto de candidatos novatos, que nunca concorreram e que eu sei que não têm um trabalho de base pronto para fazer uma votação decente, mas, mais grave, falo de eternos-candidatos, que concorreram uma, duas, três, inúmeras vezes, com votações pífias, e não desistem.
Em meio ao mar de nomes que não vão MESMO eleger-se, alguns despontam como "candidatos já ganhou", que vão mesmo eleger-se. Eu conheço o trabalho da maioria dos candidatos ali na lista, e contei com a ajuda do meu amigo Gabriel Cavalcante, que preencheu com seu conhecimento as lacunas da minha análise. Chegamos a algumas conclusões. A análise que faço abaixo é apartidária, e pode ser que não se realize. Eu estou fazendo prognósticos baseados nas votações anteriores dos candidatos já experimentados, e na análise do trabalho de rua dos candidatos novatos.
Nominata do PTBO PTB vem sozinho, com uma lista bem decente de candidatos no "meio de campo" e com 4 estrelas puxando o desfile. Tem nomes para fazer 2 vereadores e, se bobear, faz um terceiro na média.
Gilmar Grandini, o motorista da Palmares que apavorou o mundo político com uma vitória absolutamente improvável, e com a maior votação de 2004, deve também voltar ao Legislativo. Eu, a princípio, pensei que ele estivesse com sua popularidade em baixa, mas mesmo com algumas perdas, deve ser reeleito. Não repetirá o recorde de 2004, mas será provavelmente reeleito.
Eraldo Roggia é um candidato fortíssimo, e provavelmente será reeleito. Ele disputa espaço com Nelson Souza que, montado em sua plataforma na igreja Assembléia de Deus e nas bases de certas regiões, também deve voltar à Câmara.
Na lanterna das estrelas PTBistas, vem André Gutierres, que passou os últimos 4 anos dançando entre uma Secretaria no Executivo e a vaga de Eraldo Roggia, que ocupou no começo do mandato. Por ser jovem, poderá no entanto surpreender. Tem a figura fortemente associada a seu pai, Chico Gutierres (o que pode ser bom, como pode ser ruim para sua imagem, dependendo da região analisada).
Coligação PT + PRBO PT volta com seus 3 vereadores, Dédo, Armando e Belini, tentando uma reeleição. Mas a verdadeira estrela do partido é, sem dúvida, o ex-prefeito Ridi, que já está praticamente eleito para a vereança.
O partido tem uma base de apoio com muitos candidatos da "segunda divisão". Desse grupo de apoio, o nome mais forte é o de Itamar Santos, que corre o risco de subir para a "primeira divisão".
O PT deverá fazer 3 vereadores, e talvez faça até 4, repetindo a representação de 2004.
Apesar de parecer óbvio que os 3 parlamentares atuais sejam reeleitos, a coisa não é tão simples: Belini, eleito há 4 anos com uma votação de mil cento-e-poucos votos, corre o risco de perder sua vaga para algum sortudo vindo do grupo de apoio, ou então, simplesmente, para o fortíssimo Ridi, com quem divide parte do eleitorado.
Outro nome fortíssimo e que vem para roubar uma vaga dos atuais vereadores é o vice-prefeito Serginho, que tenta voltar à Câmara.
Coligação PDT + PMNNa minha opinião, o PDT em Viamão está prestes a entrar para a História. Corre o risco de desaparecer do cenário político local, morrendo de inanição. A última esperança do partido seria a eleição do vereador Lindo Cristaldo como vice-prefeito. Eu não enxergo um futuro na Câmara de Vereadores.
Eu esperava ver o Ágis Caraíba como candidato. Se isso tivesse ocorrido, ele seria o nome mais forte da legenda brizolista. E olhem, que o Ágis tem um recorde máximo de pouco mais de 600 votos. Mas nem mesmo o Ágis vai concorrer. O médico cirurgião Cristaldo é há anos o mais votado do partido e, como já foi dito, não tenta a reeleição.
O segundo maior puxa-votos do PDT era o vereador Romer, mas ele partiu para o PSOL no ano passado, e levou com ele um monte de candidatos da segunda divisão (que não venciam, mas engordavam a nominata).
Hoje, temos meia dúzia de novatos, uns dois ou três nomes com potencial para fazer 400 votos cada, e a Maria Cristaldo, concorrendo como "herdeira" da vaga do cirurgião. É muito pouco. E é o melhor que o PDT pode fazer. Não vai dar pé. No meu cálculo, o partido não passará de 4 mil votos, ficando longe dos 9,6 mil votos capazes de fazer um representante.
Coligação PPS + PC do B + PSCEsta coligação, a mais ampla de todas, une no mesmo pacote o PPS de centro-esquerda, o PC do B comunista e o PSC, um partido enraizado nas igrejas e na defesa de princípios cristãos.
O grupo todo conta com um número bastante generoso de candidatos intermediários, que vão empurrar a nominata para a frente. Dá para fazer um vereador com certeza e ter esperanças até de fazer um segundo, no cálculo da média.
O ex-vereador Moacir é o nome mais forte do conjunto, e deverá eleger-se caso o partido realmente faça seu vereador. Moacir é um nome tradicional com votos mais ou menos fixos, que foi ofuscado pelo motorista Gilmar em 2004, mas agora desponta como "a estrela" do PPS.
Na minha opinião pessoal, o Paulo do Sopão (PSC) poderá surpreender. Em 2004, ele concorreu sem muitos apoios e sem grana, e mesmo assim fez mais de 500 votos. Hoje, tendo feito um trabalho extenso na prefeitura pela sua região, cercado de apoios, e com uma estrutura de campanha "cinco estrelas" quando comparada com a de 4 anos trás, pode passar dos mil votos e talvez acabe "chegando lá", acompanhando e quem sabe até alcançando Moacir.
Nominata do PSDBO PSDB vem com uma nominata forte, mas isso não significa que a candidatura de José janes á prefeitura esteja bem guarnecida. Os candidatos mais fortes do PSDB têm, tradicionalmente, um trabalho muito voltado à candidatura própria e muitas dificuldades para transferir votos ao candidato aliado para a prefeitura.
Na comissão de frente, dois nomes de peso. Atrás, uma legião de "meio-campistas" mais ou menos fortes. Os tucanos farão um vereador, e talvez tenham sobras de voto o bastante para pensar em uma segunda cadeira no cálculo da média.
Valmir Moura, emigrado do PMDB, é o mais forte de todos os tucanos. Até 2004, ele concorria essencialmente na condição de "irmão do Sarico", e agora perdeu este importante apoio. Mas ele construiu dois pilares fortíssimos para sua reeleição à Câmara. O primeiro deles são os recursos para a campanha, que ele tem em boa quantidade. O segundo, e mais importante dos elementos, é que Valmir fez bem seu "tema de casa" durante o mandato que está chegando ao fim: enquanto muitos vereadores trancaram-se em seus gabinetes e compareceram a festas com dirigentes e lideranças, Valmir passou os últimos 4 anos percorrendo os recantos mais esquecidos da cidade, mantendo sua imagem sempre viva. Intermediou questões em condomínios de loteamento, percorreu vilas, falou com pessoas. Ele na verdade incorporou perfeitamente o espírito da "campanha permanente", jamais "desaparecendo" do cenário da rua. Assim, deverá repetir algo próximo de sua votação de 2004, chegando na dianteira da lista dos tucanos.
Bebeto, o "cabeça", é a outra grande aposta do PSDB. O ex-vereador volta à disputa do Legislativo depois de tentar a prefeitura em 2004 ao lado de Chico Gutierres. O nome de Bebeto é muito conhecido. Ele tem um índice assombroso de popularidade, e também, infelizmente, de rejeição. Mas ele conseguiu incorporar alguns ex-candidatos bastante fortes à sua campanha. O caso clássico é o do Bororó, que saiu candidato pelo PT do B em 2004, fez uns 700 votos, emigrou para o PPS, se desentendeu com a direção e hoje apóia Bebeto. Deve q1uase empatar com Valmir Moura, tendo chances até de, de repente, superá-lo.
O terceiro nome na lista do tucanato é o do vereador Leco da 40. Leco infelizmente ficará sem mandato, a não ser que Valmir ou Bebeto assumam uma secretaria no governo. Acontece que o velho galo da 40 está há anos estacionado num determinado patamar de votos, perto dos mil e poucos. Leco também é muito identificado com sua vizinhança. Então, ele tem um nicho de eleitores, com um número mais ou menos fixo de votos, nunca caindo abaixo deste "piso", mas também nunca subindo além de um determinado "teto". Ficará preso no terceiro lugar da legenda.
Logo atrás dele, temos Claro Mota, dono do Jornal da Terra, na região rural. Inicialmente, eu superestimei o poder de fogo do Mota, mas depois, vendo que ele tem um índice de rejeição razoável, e discutindo aqui com o pessoal, concluímos que ele ficará em algo perto da votação do Leco. Deve ocupar a quarta posição.
Depois, temos Kadú Schwartzhaupt, uma opção de renovação. Candidato estreante, não deve chegar aos mil votos. Mas dará um belo susto, credenciando-se para as eleições de 2012. O meio-de-campo vem ainda guarnecido por alguns candidatos com boa votação, fixa e tradicional, como Plínio Tiquino e Urgel.
Coligação PMDB + PSL
O PMDB lançou todos os candidatos desta coligação. O partido tem, tradicionalmente, um time de candidatos de segunda divisão que jamais chegam a ser eleitos, mas engordam a legenda com votos espalhados principalmente nas vilas. O PMDB tem uma nominata que pouco altera-se em relação à de 2004. Deve fazer 3 vereadores, e talvez, pensando remotamente, faça um quarto (eu acho pouco provável, mas pode ser que faça).
O nome mais forte é, naturalmente, o do atual vereador Antonio Gutierres, que tenta reeleger-se para o quinto mandato na Câmara. Ele tem um séquito de adoradores que forma um verdadeiro "partido dentro do partido", e que sempre o apóia. Seu patamar de votos também segue inalterado, com um eleitorado tradicional. Deve ficar onde está.
Depois, temos Russinho. O Russinho, em 2004, foi bem votado, mas suplantado por Valmir Moura, Nadim Harfouche e Atidor da Cruz. Como hoje Valmir está no PSDB, Nadim no PP e Atidor no PTB, Russinho entra para o rol dos vereadores prováveis. Mas não é apenas a saída de candidatos do partido que credencia o Russo a uma cadeira. O ex-vereador Mobi, que sempre estaciona em algum lugar perto dos mil votos, deve transferir-lhe alguns. Além disso, o também ex-vereador Artur Gatino está pedindo votos pelo candidato. Russinho deve então encostar em Antonio e levar a segunda cadeira do partido.
O terceiro nome mais forte do PMDB é do Luiz Barbaroti, que na eleição de 2004 fez pouco mais de mil votos, pelo PT do B. Em 2008, deve repetir votação semelhante à anterior. Se no PT do B sua votação não adiantou nada, também não adiantaria no PMDB de 2004, coalhado de estrelas maiores. Mas em 2008 ele coloca-se tranqüilamente neste terceiro lugar que pode ser uma primeira suplência ou, o que é mais provável, uma cadeira de vereador garantida.
O grupo de apoio é decente. O PMDB tem como característica o fato de não apresentar a "zona de penumbra" entre os candidatos que podem eleger-se e os que estão ali para somar votos na legenda (normalmente, há candidatos que fazem uns 500 votos e os que fazem mais de mil). Assim, na categoria entre 800 e 1000 votos, temos vários nomes. Um deles, e que pode despontar para o grupo das grandes lideranças, é o de Givanildo Clipes, o Gu, com sua campanha irreverente e chamativa, mirando a juventude e o movimento estudantil.
Nominata do PHSEspero que minha análise não soe ofensiva, mas eu tenho que dizer aquilo que vejo: o PHS não tem a mínima chance de eleger um vereador que seja. O partido é minúsculo, não tem inserção social, não tem recursos, e conta com nomes pouco expressivos. Eu sequer ouvi falar da maioria deles.
Para se ter uma idéia: o nome mais forte é o de Cleber Cabral, o flanelinha. Ele concorreu a Deputado Estadual em 2006 e fez mais ou menos 400 votos.
OUtro candidato do qual posso falar é do Jorge Felber, o Carlitos. Trata-se de um sujeito legal, e tudo mais. Mas sejamos francos: é candidato para menos de 200 votos.
O partido, como um todo, deve contar-se feliz se somar mais do que mil votos. Será complicado.
Nominata do PPO Partido Progressista vem para essas eleições fortificado. A legenda conta com candidatos muito bons no meio de campo, fazendo aquelas votações medianas que não elegem ninguém, mas engordam a sigla. Deve fazer 2 vereadores, e talvez no cálculo da média faça até um terceiro.
O nome mais forte do partido é o vereador Nadim Harfouche. Nadim é outro vereador que soube fazer seu "tema de casa", mantendo-se em contato com as bases e percorrendo as vilas com seu trabalho beneficente de distribuição de hortifrutigranjeiros excedentes do trabalho que faz na Ceasa. Também apoiou comunidades quilombolas, vilas espalhadas pela cidade toda, e caminhou muito. Deve aumentar sua votação de 2004, e despontar como a maior potência do PP em 2008.
Logo atrás, vem o também vereador Fernando Rospide. Rospide tem um eleitorado mais ou menos tradicional, sobre o qual deve voltar a investir nesta campanha. Deve permanecer no mesmo patamar onde já estava, reelegendo-se de forma tranqüila.
Depois, temos o meio-campista Katofa, que tem também seu nicho definido, e deve despontar em um terceiro lugar incontestado. Atrás dele, segue-se uma lista de nomes que rondam em algum lugar perto dos 500 votos.
Coligação PSB + PRO PSB não fez nenhum vereador em 2004, mas chegou perto. Talvez consiga fazer um em 2008.
O nome mais cotado, claro, é o do ex-vereador Nestor Malta. Nestor vem há algum tempo enfrentando algumas questões de saúde, mas na minha opinião, manterá seu eleitorado tradicional e despontará como a maior força dos socialistas neste ano. Não que isso signifique muita coisa.
O segundo do time do PSB é Ildo, que deverá novamente ficar logo abaixo do Nestor. Ildo na verdade é um candidato meio-campista, que deveria estar aqui apenas para ajudar a sigla a amontoar votos. Mas como o PSB não tem nenhuma estrela que realmente puxe um caminhão de votos, Ildo acaba alçado à condição de candidato forte dentro do partido.
O resto do time do PSB é formado por tradicionais candidatos de apoio que poderão ser determinantes na conquista da cadeira almejada pelo partido, mas não correm o "risco" de chegar lá.
Nominata do DEMFalando francamente: eu não vejo chance alguma de o DEM eleger um vereador. O partido tem quatro ou cinco candidatos, e são todos figuras que aglomeram no máximo 150 votos cada.
O DEM poderá, no entanto, usar as eleições de 2008 para colocar nas ruas, diante do eleitorado, seu projeto e suas idéias, pavimentando o caminho para a construção do partido em um trabalho de longo termo, mirando as eleições de 2012. Isso se o DEM não se dissolver no período do entre-pleitos, como vinha acontecendo com o PFL a cada eleição.
Coligação PSOL + PVO PSOL infelizmente é um partido que surgiu há pouco tempo, de uma dissidência do PT, reunida ao redor do vereador Geraldinho (que está tentando uma eleição para prefeito). Isso acabou criando uma situação peculiar na qual quase todos os candidatos a vereador são ex-cabos eleitorais do Geraldinho, e portanto dividem fatias do eleitorado que colocou o líder partidário no Legislativo em 2004. Nenhum destes ex-cabos tem, por enquanto, luz própria. O PSOL terá que lutar com todas as suas forças para fazer um vereador, e é provável que não faça.
O candidato mais forte do partido é o vereador Romer Guex, emigrado do PDT. Romer, apesar de contar com 4 mandatos na Câmara e todo um histórico de luta brizolista, precisa agora recomeçar seu trabalho praticamente do zero. Ele antes podia contar com um eleitorado fiel, tradicional e apegado ao seu nome por razões históricas: Romer sempre foi visto como genro e herdeiro político do lendário Tapir Rocha, depositário de toda a história de luta brizolista em Viamão. Trocando o PDT pelo PSOL, Romer perdeu suas raízes brizoletas e seus votos calcados na tradição e no saudosismo dos velhos fãs do falecido Tapir. Agora, terá que enfrentar pela primeira vez uma eleição sem a ajuda destes "fantasmas" do passado. Tem ao seu lado a grande experiência que possui e uma atuação marcada pelo desafio a diversas medidas impopulares. Mas tem contra si a rejeição de uma ampla fatia de seus ex-eleitores e uma atuação parlamentar centrada no gabinete, com pouca caminhada nas ruas. Se o PSOL realmente conquistar uma cadeira, ela será do Romer.
O segundo candidato do PSOL é o Guto, da região rural. Reconhecido como grande lutador contra o pedágio da RS 040, agitador, atuante, jovem e com ares de renovação, deve surpreender. Mas a candidatura de Guto se bate em dois grandes entraves: um, é o fato de que ele enfrenta oponentes fortíssimos na disputa do voto do eleitor na área rural; o outro, é que depois da vitória da população viamonense sobre o pedágio, ele se tornou uma espécie de agitador sem causa, insistindo no assunto do pedágio, batendo na mesma tecla e enjoando ao púlico.
O PSOL tem, por trás destas estrelas, uma nominata formada por nomes conhecidos, ilustres, brilhantes até. Mas que simplesmente não agregam votos. Falo do Milton Pires, editor do jornal Tri Bom, da Gladis Helena e do Sávio. Sávio é o mais clássico exemplo de cabo eleitoral do Geraldinho alçado ao papel de candidato. São pessoas inteligentíssimas, mas não devem impressionar nas urnas.
Nominata do PT DO BO PT do B em 2004 chegou perto de eleger um vereador. O partido tinha um time de candidatos meio-campistas, com uma estrela na ponta (Luiz Barbaroti). Dos meio-campistas, o mais forte era o Bororó.
Para 2008, o partido infelizmente retorna novamente com os meio-campistas, mas perdeu suas duas estrelas do ataque. O partido dificilmente fará um vereador. Na verdade, acho bastante improvável que faça.
Os nomes mais conhecidos dentro da legenda são os de Sadi Pires (presidente do partido) e Evandro de Lima (aquele sujeito que anda pelas ruas da cidade com uma "bicicleta de som"). Existem ainda diversos outros candidatos com força em suas vilas de origem e que devem estacionar perto dos 200 ou 300 votos cada.