terça-feira, 30 de setembro de 2008

Protesto em Viamão dia 2 de Outubro

Na próxima quinta-feira, dia 2 de outubro, às 17h, defronte à Igreja Matriz de Viamão, haverá uma manifestação de que participarão várias entidades e instituições viamonenses, visando ao protesto pelas condições de saúde e segurança da população viamonense.

Será uma mobilização dos viamonenses em favor de melhores condições de saúde e segurança para o povo daquele município.

A mobilização está sendo liderada pelo padre Rogério Flores, auxiliado pelo padre Gérson. A paróquia da histórica matriz viamonense é o centro dessa manifestação.

E o motivo que levou a essa mobilização dos paroquianos e das outras entidades representativas do tecido social viamonense foi o assassinato de Carlos Alberto Grando, um paroquiano com intensa atividade religiosa,

uma pessoa muito querida na comunidade, que no dia 16 de setembro passado foi baleado por um assaltante em Viamão, vindo a falecer ontem pela madrugada, depois de dramático internamento na UTI do Hospital Cristo Redentor.

Segundo o pároco, o mesmo senhor Grando, falecido em face da bala assassina do assaltante, lutava intensamente para que fosse punido um outro criminoso. Dessa vez, o assassino de um filho seu, a cujas vestes foi ateado fogo para cometer o bárbaro crime.

Será uma manifestação pacífica, manda-me dizer o padre Rogério. Será uma manifestação apartidária, voltada apenas para a paz, a saúde e a segurança da população viamonense.

O pároco viamonense brada que “basta desta barbárie que a todo momento está ceifando as vidas de pessoas, basta deste mundo do crime organizado que se implantou em nossa sociedade e está nos levando para o caos e o fundo do poço”.

“Basta dessas organizações do tráfico de drogas que já foram alertadas pelo papa Bento XVI de que terão de prestar contas a Deus do mal que estão fazendo.

Basta da indústria do seqüestro, do roubo de cargas e de toda a ladroagem nos altos escalões dos poderes públicos e outras instâncias que nos estão levando a nenhum lugar.

Sem exagero, a esses segmentos do crime e do mal, queremos dizer-lhes que o inferno não lhes será apenas uma possibilidade na vida eterna, mas os seus autores já começaram fatidicamente a edificar este inferno aqui em nosso mundo”, acrescenta o pároco de Viamão.

E convoca todos os cidadãos e cidadãs do município para pacificamente erguerem sua voz por urgente melhoria nas condições de segurança e saúde de Viamão.

Será depois de amanhã, dia 2, às 17h, por iniciativa de membros da Igreja, o início dessa mobilização da sociedade civil viamonense, traumatizada com os assassinatos que ocorrem em seu município.

Quando vejo assim sacerdotes e religiosos mobilizarem seus fiéis e a sociedade para que se ponha um basta na insegurança e condições precárias de saúde reinantes em nosso meio, sou obrigado a entender que os governos e demais poderes públicos precisam urgentemente comover-se e reagir contra estes colapsos.

Na semana passada, setores do Ministério Público cogitavam de interditar o Presídio Central. Como tanto temos insistido, não pode haver segurança pública sem vagas nos presídios.

O Presídio Central é um monumento ao descaso de sucessivos governos. Agora, com 4,5 mil presos, com capacidade para menos de um terço desse número, entrou em fadiga séria e definitiva o sistema de esgoto daquele estabelecimento penitenciário.

Só podia entrar. O Presídio Central recebe diariamente 40 presos. Há dias em que cem presos são recolhidos. Juntando-se a uma população carcerária que vive em infamantes condições de sobrevivência e segurança, assistidos por agentes penitenciários e policiais militares que vêem seus nervos se estressarem e suas mentes entrarem em depressão pelo que acontece lá.

E nenhuma reação pronta e enérgica parte do poder público. Nada. O Presídio Central está implodindo.

E como há de querer-se que nas ruas haja assim segurança, se nem lugar para os presos existe mais em nossos limites?

Noticia Original do Entrelaços - www.entrelacos.blogspot.com
# posted by Entrelaco

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