segunda-feira, 15 de setembro de 2008

VIAMÃO - 267 ANOS

O histórico da ocupação em Viamão remonta ao século XVIII quando um grupo de 30 homens, conhecido como “Frota de João Magalhães”, desceu de Laguna ao continente de São Pedro objetivando garantir a passagem que facilitasse a tomada de gado do sul do território. Os grandes rebanhos de eqüinos e bovinos que havia na Campanha do Rio da Prata eram trazidos para comercialização em Laguna. Com o passar do tempo, o Rio Grande de São Pedro deixa de ser somente uma passagem e passa a atrair colonizadores.
Os lagunistas, como foram denominados, fundam estâncias e se dá início a criação de gado. O município de Viamão foi um dos primeiros povoados do Estado do Rio Grande do Sul. A denominação de “Continente de Viamão” data da época do início da povoação do Rio Grande do Sul, para se referir às terras que abrangiam o Jacuí, o Guaíba, e o norte da Lagoa dos Patos, englobando Santo Antônio da Patrulha e a Serra de Viamão (atualmente São Francisco de Paula e Vacaria). Juntamente com a criação do Arraial da Capela de Viamão foi construída a Capela Nossa Senhora da Conceição de Viamão, que depois se tornaria a Igreja Matriz do Município.

Com a tomada da capital da Província, Vila de Rio Grande, pelos espanhóis, o centro administrativo é transferido para Viamão ocasionando um novo desenvolvimento ao local. Com o passar do tempo, a Freguesia do Porto dos Casais (Porto Alegre), então Porto de Viamão, que já iniciara o seu povoamento e era ligado ao arraial pelas estradas do Mato Grosso (atual Bento Gonçalves) e Caminho do Meio (Avenida Protásio Alves), avenidas que até hoje desempenham importante papel na relação entre esses dois municípios, passa a representar um forte concorrente locacional. Torna-se economicamente mais importante e faz com que o centro administrativo seja fixado na Freguesia do Porto dos Casais, às margens do Guaíba, ficando Viamão gradualmente dependente de Porto Alegre.


Durante o século XIX com a Revolução Farroupilha, Viamão é palco de uma série de batalhas e chega a ter seu nome modificado para Vila Setembrina. Guardando até hoje parte importante dessa história como as trincheiras de Tarumã. No decorrer do século, pela Lei Provincial n°1247, a Freguesia de Viamão é elevada à categoria de Vila, abrangendo os atuais municípios de Gravataí, Glorinha, Palmares, Capivari e Viamão, o que determinou um rápido crescimento em sua estrutura urbana. No século XX pelo Decreto Estadual nº7.842, Viamão é elevada à categoria de município, sendo que os períodos que vão das décadas de 20 a 50 se caracterizam como o momento de maior desenvolvimento do município evidenciado através de diversos equipamentos de lazer e cultura. Na década de 40 é acelerado o desenvolvimento da indústria pesada nacional e gaúcha, convergindo com uma grande massa de pessoas que se direciona para os arredores da capital. É a partir dessa década que 12 o crescimento demográfico das cidades assume uma forma contínua, tornando-se necessária uma melhor organização do espaço, o que significa dizer, a sua urbanização. A partir da década de 50 ocorre a decadência econômica e cultural do Município, principalmente devido ao crescimento industrial em direção ao norte deixando Viamão relegada a uma situação de periferia e a de cidade dormitório de Porto Alegre Tal fato causou um salto demográfico elevado e o crescimento de loteamentos, muito deles clandestinos e sem infra-estrutura básica. Essa redução do desenvolvimento econômico gerou prejuízos para a cidade, mas permitiu, em parte, que o seu patrimônio edificado e natural fosse preservado.


Nas décadas seguintes a população predominante, que era rural, passou a ser a urbana. Incrementada principalmente por correntes migratórias do interior do estado. Essa inversão entre a população rural e urbana acentuou a ocupação desorganizada e o crescimento heterogêneo, resultando em núcleos isolados que surgiram conforme interesses imobiliários e desconectados uns dos outros, formando as suas próprias “centralidades”. Isto se reflete em sua malha urbana que se apresenta de forma descontínua e fragmentada.



PARABÉNS VIAMÃO PELOS SEUS 267 ANOS!!!
por Jorge Amaro do VH Ecologia
www.vhecologia.blogspot.com/2008/09/viamo-267-anos.html

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