Os lagunistas, como foram denominados, fundam estâncias e se dá início a criação de gado. O município de Viamão foi um dos primeiros povoados do Estado do Rio Grande do Sul. A denominação de “Continente de Viamão” data da época do início da povoação do Rio Grande do Sul, para se referir às terras que abrangiam o Jacuí, o Guaíba, e o norte da Lagoa dos Patos, englobando Santo Antônio da Patrulha e a Serra de Viamão (atualmente São Francisco de Paula e Vacaria). Juntamente com a criação do Arraial da Capela de Viamão foi construída a Capela Nossa Senhora da Conceição de Viamão, que depois se tornaria a Igreja Matriz do Município.
Com a tomada da capital da Província, Vila de Rio Grande, pelos espanhóis, o centro administrativo é transferido para Viamão ocasionando um novo desenvolvimento ao local. Com o passar do tempo, a Freguesia do Porto dos Casais (Porto Alegre), então Porto de Viamão, que já iniciara o seu povoamento e era ligado ao arraial pelas estradas do Mato Grosso (atual Bento Gonçalves) e Caminho do Meio (Avenida Protásio Alves), avenidas que até hoje desempenham importante papel na relação entre esses dois municípios, passa a representar um forte concorrente locacional. Torna-se economicamente mais importante e faz com que o centro administrativo seja fixado na Freguesia do Porto dos Casais, às margens do Guaíba, ficando Viamão gradualmente dependente de Porto Alegre.
Durante o século XIX com a Revolução Farroupilha, Viamão é palco de uma série de batalhas e chega a ter seu nome modificado para Vila Setembrina. Guardando até hoje parte importante dessa história como as trincheiras de Tarumã. No decorrer do século, pela Lei Provincial n°1247, a Freguesia de Viamão é elevada à categoria de Vila, abrangendo os atuais municípios de Gravataí, Glorinha, Palmares, Capivari e Viamão, o que determinou um rápido crescimento em sua estrutura urbana. No século XX pelo Decreto Estadual nº7.842, Viamão é elevada à categoria de município, sendo que os períodos que vão das décadas de 20 a 50 se caracterizam como o momento de maior desenvolvimento do município evidenciado através de diversos equipamentos de lazer e cultura. Na década de 40 é acelerado o desenvolvimento da indústria pesada nacional e gaúcha, convergindo com uma grande massa de pessoas que se direciona para os arredores da capital. É a partir dessa década que 12 o crescimento demográfico das cidades assume uma forma contínua, tornando-se necessária uma melhor organização do espaço, o que significa dizer, a sua urbanização. A partir da década de 50 ocorre a decadência econômica e cultural do Município, principalmente devido ao crescimento industrial em direção ao norte deixando Viamão relegada a uma situação de periferia e a de cidade dormitório de Porto Alegre Tal fato causou um salto demográfico elevado e o crescimento de loteamentos, muito deles clandestinos e sem infra-estrutura básica. Essa redução do desenvolvimento econômico gerou prejuízos para a cidade, mas permitiu, em parte, que o seu patrimônio edificado e natural fosse preservado.
Nas décadas seguintes a população predominante, que era rural, passou a ser a urbana. Incrementada principalmente por correntes migratórias do interior do estado. Essa inversão entre a população rural e urbana acentuou a ocupação desorganizada e o crescimento heterogêneo, resultando em núcleos isolados que surgiram conforme interesses imobiliários e desconectados uns dos outros, formando as suas próprias “centralidades”. Isto se reflete em sua malha urbana que se apresenta de forma descontínua e fragmentada.
PARABÉNS VIAMÃO PELOS SEUS 267 ANOS!!!
por Jorge Amaro do VH Ecologiawww.vhecologia.blogspot.com/2008/09/viamo-267-anos.html
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