quinta-feira, 5 de junho de 2008

Secretário de Segurança não comanda a Brigada

O deputado Dionilso Marcon (PT) afirma que o secretário de Segurança do RS já não tem comando algum sobre a Brigada Militar. O parlamentar justifica sua posição baseado na mais recente e lamentável episódio patrocinado pelo subcomandante Paulo Mendes, que destruiu nesta terça-feira (3) o novo acampamento organizado pelo MST às margens da RS-040, em Viamão, em mais uma ação truculenta do comando da BM.

Segundo o petista o local foi cedido às famílias e ao MST, no entanto, mesmo sem mandado judicial, e alegando crimes invasão e crimes ambientais, Mendes usou um efetivo de mais de cem policiais militares e batalhão de choque para destruir os barracos que estavam sendo construídos pelas famílias. “Gostaria de ver essa mesma rapidez do sub Comandante Mendes no combate a criminalidade e proteção aos trabalhadores” afirma o petista.

Segundo Marcon os agricultores sem terra, novamente, foram divididos em grupos de homens e mulheres e humilhados na revista da BM. Os agricultores utilizam o acampamento como forma moradia provisória, pois trabalham temporariamente nas lavouras de arroz na região de Viamão e em nenhum momento reagiram contra os soldados.

Em protesto à ação truculenta da Brigada Militar, 200 trabalhadores sem terra ocuparam a BR-386, na altura de Nova Santa Rita e mais mobilizações devem ocorrer nesta semana. Segundo Marcon a bancada do PT na Assembléia Legislativa foi “enrolada” na reunião do dia (27/05), com o secretário da Segurança Pública, José Francisco Mallmann. Na ocasião os deputados Raul Pont, Stela Farias, Dionilso Marcon, Elvino Bohn Gass e Ronaldo Zülke foram até a SSP entregar para o secretário Mallmann um dossiê denunciando o recrudescimento da violência policial contra os movimentos sociais no último ano e meio.

“Entendo que a ação em Viamão só mostra que Mallmann não comanda mais a BM, pois entregou a política de segurança da Corporação a um subcomandante”, lamenta. O secretário, na ocasião, empenhou sua palavra de que não trataria os movimentos como se fosse um caso policial, e segundo Marcon, a palavra do secretário já não tem mais valor.

"Enquanto o subcomandante Paulo Mendes manda e desmanda na BM, gastando o escasso dinheiro público para reprimir trabalhadores, a população gaúcha sofre com a corrupção no governo, com a falta de policiais nas ruas, com a falta de viaturas, do aumento da criminalidade, do tráfico e do roubo de carros no Estado. Segundo o petista, são nas escuras ruas da Capital Nacional do Homicídio, a nossa Porto Alegre que deveria estar esses soldados que foram a Viamão. “

Infelizmente não há política de segurança pública, apenas ações midiáticas de um sub Comandante “deslumbrado” com os holofotes da mídia” afirma Marcon. O relatório sobre a violação dos Direitos Humanos no RS está sendo elaborado e será entregue, em breve, às entidades internacionais e para a representação da ONU no Brasil.

Fonte:
www.radiofandango.com.br/archive/valor.php?noticia=8631

Materia enviada por Viko Rezende - Colaborador

Um comentário:

Valério Santa Helena Cordeiro disse...

Nosso deputado tem uma certa razão no que diz, porém não posso ficar quieto quando ele diz que os policiais deveriam estar em Porto Alegre. Por favor sr. deputado: Os policiais deveriam estar divididos nos locais de insegurança, não só em Porto Alegre, mas em Viamão também. Venha conhecer mais um pouco nossa cidade, abra as estatísticas da criminalidade e veja como a violência está grande em nosso município. Realmente, temos que eleger um deputado de Viamão. Não dá mais. SEGURANÇA JÁ! RESPEITEM VIAMÃO! Valério Cordeiro - ASCOQUE