A Polícia Civil de Viamão começou a esclarecer nesta quinta-feira uma das chacinas mais violentas já registradas na Região Metropolitana. Com a prisão de Jéferson José Carvalho Quintanilha, 28 anos, os policiais acreditam que a quadrilha responsável por deixar um rastro de sangue na Vila Castelinho, onde cinco pessoas foram mortas nas últimas duas semanas começou a ser desarticulada.
Jéferson foi preso na noite de quarta-feira na Avenida Oscar Pereira, na Capital, onde trabalhava como porteiro há cerca de quatro meses. Ele estava em liberdade provisória desde o mês de novembro, quando saiu do Presídio Central.
Segundo o titular da 1ª DP de Viamão, delegado Gérson Nadler, ele seria integrante de uma quadrilha que estaria eliminando rivais na disputa por pontos de tráfico. Em depoimento ao escrivão Júlio César Cardoso, Jéferson negou participação na chacina, mas foi reconhecido por três testemunhas, por meio de foto.
Os policiais ainda investigam a hipótese de que os matadores tenham estendido sua atuação além dos limites de Viamão, e também tenham cometido homicídios na Capital. Segundo a polícia, eles estariam a serviço de um grande traficante, que manda eliminar seus desafetos.
Desde a madrugada do crime, os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em quatro locais diferentes, e apreenderam pequena quantidade de cocaína e miguelitos (pregos usados para furar pneus de veículos). Escopetas, espingardas calibre 12, pistolas 9mm e .45, coletes à prova de balas e até dinamite fazem parte do armamento que o bando utiliza para cometer os crimes.
—Trata-se de uma quadrilha envolvida com disputa por pontos de tráfico, e muito bem armada — aponta Gérson.
Segundo a Polícia, a quadrilha também é suspeita de tentativa de homicídios contra funcionários de uma funerária de Viamão, que teria ido cobrar uma dívida de parentes Gilnei Cordeiro Pacheco, 42 anos, morto com quatro tiros na Vila Castelinho.
Na ocasião, os bandidos desconfiaram que os funcionários seriam policiais. Jéferson está com prisão temporária decretada pela Justiça de Viamão, e foi recolhido no Presídio Central.
Materia Enviada por Viko Rezende - Colaborador
Fonte: Diario Gaucho
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